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30 de mar. de 2008

Texto: "A Menina e o Pássao Encantado"

Agora... vamos trabalhar os sentimentos.
Começando pela SAUDADE afinal ninguém está livre dela!

A Menina e o Pássaro Encantado


Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: Era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta,
vão embora para nunca mais voltar.
Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades ...
Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor.
Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos
e longínquos por onde voava.
Certa vez, voltou totalmente branco,
cauda enorme de plumas fofas como o algodão.

- Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo
maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se
ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre
os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas,
um pouco de encanto que eu vi, como presente para você ...

E assim ele começava a cantar as canções e as estórias
daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia,
e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.

... Venho de uma terra queimada pela seca,
terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos
e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.
Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes
daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras
e ver a beleza dos campos verdes.

E de novo começavam as estórias.
A menina amava aquele pássaro
e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia.
E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.
Mas chegava sempre uma hora de tristeza.

- Tenho que ir, ele dizia.

- Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar ...

- Eu também terei saudades, dizia o pássaro. Eu também vou chorar.
Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós
precisamos do ar, os peixes precisam dos rios ... E o meu encanto
precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que
minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudades.
Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar.

Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite.
Imaginando se o pássaro voltaria.
E foi numa destas noites que ela teve uma idéia malvada.

- Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para
sempre. Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz.

Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola,
própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera.
Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com estórias
diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu.
Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o
prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu
feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.

- Ah! Menina ... Que é que você fez? Quebrou-se o encanto. Minhas penas
ficarão feias e eu me esquecerei das estórias ...
Sem a saudade, o amor irá embora ...

A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.
Mas isto não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando
_diferente. Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas_
transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio; deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu.
Não, aquele não era o pássaro que ela amava.
E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo ...
Até que não mais agüentou. Abriu a porta da gaiola.

- Pode ir, pássaro, volte quando quiser ...

- Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que
a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas
coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com
saudades, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudades,
você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar ...

E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os
dias, e cada dia que passava a saudade crescia.
- Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo ...
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos;
e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos.

- Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje!

Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o
pássaro. Porque em algum lugar ele deveria estar voando.
De algum lugar ele haveria de voltar.
Ah! Mundo maravilhoso que guarda em algum lugar secreto
o pássaro encantado que se ama ...
E foi assim que ela, cada noite ia para a cama,
triste de saudade, mas feliz com o pensamento.

- Quem sabe ele voltará amanhã?...

E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

Autor: Rubem Alves

21 de mar. de 2008

Contando... PÁSCOA na Toca do Coelho

Respeitável PÚBLICO...

Estes são os nossos artistas: atores e atrizes que interpretaram a história "O Coelhinho que não era de Páscoa - Ruth Rocha"
Ahhh, eu não posso deixar de diser que... A TIMIDEZ DA LAURA ME IMPRESSIONA(essa garotinha de vermelho)!!!


Aqui, os atores que interpretaram a história:
"A Galinha e o ovo de Páscoa - Eliana Sá"

Nosssssa! Como o nosso Papagaio está empolgado!
A Galinha, está encantaaaaada com suas penas...

17 de mar. de 2008

Novos recursos...

Atendendo a pedidos... fiz estas viseiras em EVA para que as crianças possam participar da história sendo os personagens.
O beija-flor Florindo, a borboleta Julieta e a abelha Melinda.
Feitos com bolas de isopor, tule, bico de frascos, e palitos de churrasco.Cá estão os donos das fábricas de chocolate da floresta.
Feitos com garfinhos de festa e cartolina.

16 de mar. de 2008

Contando: "O coelhinho que não era de Páscoa"

Aqui, os recursos utilizados na
Contação de Histórias na EMEI Novo Horizonte I.


Antes da história, um papo gostoso com as crianças e professoras
para saber de suas preferências... Bom, comecei perguntando às crianças:

- Vocês preferem que eu utilize objetos ou, que eu pegue alguns de vocês para ser os personagens???
A resposta foi unânime:
- Objeeeeetos!!!
Perguntei de novo, e a resposta continuou unânime:
- Ser personagem!!!
Então, reformulei a pergunta:
- Vocês preferem que eu utilize estas latinhas para personagens ou, vocês querem ser as personagens???

Bom, daí... tooodos, ou melhor, quaaase todos preferiram ser personagens, exceto uma garotinha que queria ser "latinha" rsrsrs.
Ah, as prfessoras??? Queriam que as crianças fossem as personagens masssss, quando viram "as latinhas" mudaram de idéia!!!

Vai entender...

15 de mar. de 2008

Contando: "A Galinha e o Ovo de Páscoa"

Aqui, o Sr. Papagaio anunciando aos quatro cantos do terreiro,
o segredo da D. Galinha. -Ah, Papagaio fo-fo-que-i-rooooo!!!

Após a "CONTAÇÃO"...

Os agradecimentos aos nossos atores:
D. Galinha; Sr. Papagaio; D Galinha d'Angola; D. Pata; D Gansa.
BRAVO!!! BRAVO!!! BRAVO!!!

A fila para o beijo na PIPOCA!!!
Essa hora é sagrada, rsrs

Ahhhhhhh, já tô com saudade!!!

10 de mar. de 2008

Texto: "A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA"

Recursos utilizados para a Contação de História"
Tules coloridos, lupa, garrafão plástico (corneta).


A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA
Autora: Eliana Sá
Coleção: DO-RÉ-MI-FÁ
Editora: SCIPIONE
Ilutrador: Roberto Caldas
Faixa etária: a partir de 7 anos


A GALINHA E O OVO DE PÁSCOA


- Que dia gostoso de sol quentinho – D. Galinha até pensou

– Hoje está bom para dar um passeio!!!
Empurrou o portão do galinheiro com o bico, e saiu para dar uma voltinha.
Cisca daqui, cisca dali... dona galinha deu de cara com uma coisa brilhante, muito estranha. Parecia um ovo! O ovo mais bonito que ela já vira em toda a sua vida...
- Que ovo mais enfeitado! Só pode ser um ovo de Pavão!!!

Na verdade D. Galinha não sabia que era domingo de Páscoa.

E que alguém, havia deixado cair um ovo de chocolate no quintal.

Ainda muito desconfiada D. Galinha tocou, escutou, cheirou o ovo e, criou coragem:
- Vou levar esse pobre enjeitado para casa.
E lá se foi D. Galinha com o ovo pelo bico toda contente. Colocou-o num canto escondido do galinheiro e começou a pensar:
- Como vou chocá-lo???
A essa altura todo o galinheiro já comentava a história.

O Sr. Papagaio que havia enxergado tudo lá do seeu poleiro,

dava a notícia aos quatro cantos do terreiro:
- Alô??? Atenção para uma notícia chocante: ENCONTRADO UM OVO ENFEITADO COM LAÇO DE FITA AMARELA, FILHO DE PAIS DESCONHECIDOS. MAIS INFORMAÇÕES COM D. GALINHA, NO FUNDO DO QUINTAL!!!
E foi aquele corre, corre... Todos queriam ver o tal ovo. Ele era mesmo bonito, diferente mas, meio esquisito. D. Galinha que tinha achado o ovo dizia ser direito seu chocá-lo, mas D. Perua, d. Galinha d’Angola, D. Pata, D. Gansa também queriam chocá-lo.
Pronto!!! A confusão estava armada!!! Deixar que outra tivesse a glória de chocar o lindo ovo??? Nem pensar!!! D. Galinha queria para si, todas as honras.
- Se quiser comadre – disse D. Gansa - eu posso chocá-lo.
- Eu também, estou quase sem serviço em casa – retrucou D. Perua.
- Eu ajudo!!!
- Eu quero!!!
- Eu preciso!!!
- Calma, calma...senhoras. Não se incomodem, porque eu mesma vou chocar esse ovo.

Quero ter o prazer de ver o lindo bebê que sairá de dentro dele.
As comadres cansaram de tanto insistir mas, ainda esperaram algum tempo pra ver se ao menos teriam alguma chance de trocar com D. Galinha a vez de chocar o ovo.

Que nada!!! Não tiveram essa chance! D. Galinha, mais do que depressa, se colocou emcima do ovo. Ajeitou-se, abriu as asas para deixa-lo bem quentinho.
O tempo foi passando, o calorzinho aumentando e nem sinal do bebê.

Às vezes as comadres apareciam para saber notícias do ovo e, para dar palpites:
- Como é Comadre, já nasceu? – perguntou D. Carijó.
- Senta mais pra frente Comadre, uma pontinha do ovo está de fora...

Falou D. Galinha d’Angola.
- Abra mais as asas, quem sabe adianta – exclamou D. Pavoa.
- Levante um pouco para descansar – disse D. Gansa.
De repente... D. Galinha sentiu algo se mexer debaixo dela...
- É claro!!! Só podia ser o bebezinho finalmente!!!
Saiu de lado e, olhou para baixo de si:
- Não entendo... ao invés de quebrar, o ovo encolheu!!!
Do ninho ao lado, a D. Pata gritou:
- Comadre, Comadre. Desista... isso não dar certo!
D. Galinha pensou, pensou e... para não dar o braço a torcer, saiu devagar e sem jeito de cima do ovo. Resolvida a esconde-lo das amigas, carregou-o até a cerca e colocou-o emcima de uma pilha de adubos.
- Já que eu não consigo, ninguém mais toca no meu ovo. Amanhã quem sabe, tento denovo.
Voltou para o seu ninho e recomeçou a chocar os seus próprios ovinhos, esquecidos até agora.
- Com o tempo que perdi, teria chocado uma porção!!!
Assim, sempre disfarçando, D. Galinha deixou o tempo passar e, não contou pra ninguém que, desistira do lindo ovo.
O dia continuou quase igual a todos os outros.

À tardinha como de costume, Pedro apareceu para recolher os ovos dos ninhos espalhados pelo quintal. Naquele dia Pedro demorou mais...
Fuça daqui, fuça dali... Todo o galinheiro acompanhava com os olhos:
- O que será que ele procurava???
As aves começaram a desconfiar.
Muito espertos, D. Galinha d’Angola e o Sr. Papagaio já tinham descoberto tudo!!!

E então, começaram a dar pistas pra Pedro:
- Tá fraco, Tá fraco – gritava D. Galinha d' Angola quando ele estava longe da

cerca.
- Ta forte, ta forte, ta forte!!! – ajudava o Sr. Papagaio quando Pedro se aproximava dos sacos de adubo.
De repente...
- Mãe, mãe... Achei, achei!!! - Pedro gritou feliz e correndo em direção a casa,

carregando na mão o ovo colorido e enfeitado – Mãe, achei o ovo que o Coelhinho da Páscoa escondeu pra mim, só que tá meio murcho!!!
- Coelho??? Páscoa??? Mas... Coelhos não botam ovos!!! D. Galinha entendeu tudo, tudo!!!

Como evitar que todos soubessem o que realmente havia acontecido?

Mas agora era tarde, pois o galinheiro em peso olhavam fixo pra ela.

D. Galinha tonta de vexame e vermelha que nem tomate apenas conseguiu falar:
- Só mesmo uma boba como eu, para chocar ovo de chocolate!!!

9 de mar. de 2008

Texto: "O coelhinho que não era de Páscoa"



O coelhinho que não era de Páscoa
Ruth Rocha


Vivinho era um coelhinho. Branco, redondo, fofinho.
Todos os dias Vivinho ia à escola com seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
Aprendia qual a melhor couve para se comer.

Os coelhinhos foram crescendo,

chegou a hora de escolherem uma profissão.

Os irmãos de vivinho já tinham resolvido:
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu pai.
- Eu vou ser coelho de Páscoa, como o meu avô.
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa,

como o trisavô, o tataravô, como todos os avôs.
Só Vivinho não dizia nada.

Os pais perguntavam, os irmãos indagavam:
- E você Vivinho, e você?
- Bom – dizia Vivinho – eu não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero: Ser coelho de Páscoa.

O pai de Vivinho se espantou, a mãe se escandalizou e desmaiou:
- OOOOOHHHHH!!!

Vivinho arranjou uma porção de amigos:
O beija-flor Florindo, Julieta a borboleta, e a abelha Melinda.

- Onde é que já se viu coelho brincar com abelha?
- Os irmãos de Vivinho diziam.
Os pais de Vivinho se aborreciam:
- Um coelho tem que ter uma profissão.
Onde é que nós vamos parar com essa vadiação?

- Não se preocupem – Vivinho dizia

– estou aprendendo uma ótima profissão.
- Só se ele está aprendendo a voar – os pais de Vivinho diziam.
- Só se ele está aprendendo a zumbir – os irmãos de Vivinho caçoavam.

Vivinho sorria e saía, pula, pulando

para se encontrar com seus amigos.
O tempo passou. A Páscoa estava chegando.
Papai e Mamãe Coelho foram comprar os ovos para distribuir.
Mas as fábricas tinham muitas encomendas.

Não tinham mais ovinhos para vender.

Em todo lugar a resposta era a mesma:
- Tudo vendido. Não temos mais nada...
O casal Coelho foi a tudo que foi fabrica da floresta.
Do seu Antão, do seu João, do seu Simão, do seu Veloso, do seu Matoso,
do seu Cardoso, do seu Tônio, do seu Petrônio, seu Sinfrônio.
Mas a resposta era sempre a mesma:
- Tudo vendido seu Coelho, tudo vendido...

Os dois voltaram pra casa desanimados.
- Ora essa. Isso nunca aconteceu...
- Não podemos despontar as crianças...
- Mas nós já fomos a todas as fábricas. Não tem jeito, não...

Os irmãos do coelhinho estavam tristes:
- Nossa primeira distribuição... Ai que tristeza no coração!...

Vivinho vinha chegando com Melinda.
- Por que não fazemos os ovos nós mesmos?
- É que nós não sabemos.

Coelho de Páscoa sabe distribuir ovos. Não sabe fazer!

- Pois eu sei – disse Vivinho- Eu sei.
- Será que ele sabe? – disse o Pai?
- Ele disse que sabe – disseram os irmãos.
- Ele sabe, ele sabe – disse a mãe.
- E como você aprendeu? – perguntaram todos.
- Com meus amigos. Eu não disse que estava aprendendo uma profissão?
Pois eu aprendi a tirar o pólen das flores com Julieta e Florindo.
E Melinda é a maior doceira do mundo. Me ensinou a fazer tudo o que é doce...

A casa da família Coelho virou uma verdadeira fábrica.
Todos ajudavam: Papai Coelho, Mamãe Coelha e os coelhinhos...
e os amiguinhos também:florindo o beija-flor, a borboleta Julieta e

a abelha Melinda, a maior doceira do mundo.
E era Vivinho quem comandava o trabalho.
E quando a Páscoa chegou, estavam todos preparados.
As cestas de ovos estavam prontas.

E os pais de Vivinho estavam contentes.
A mãe de vivinho disse:
- Agora, nosso filho tem uma profissão.
E o pai de Vivinho falou:
- Cada deve seguir a sua vocação...